Preferências e necessidades de jovens têm ditado tendências no setor. Fundador da rede de moradias estudantis Uliving destaca a importância de espaços de convivência e lazer, tecnologia integrada e promoção de diversidade e inclusão.
De acordo com um levantamento feito em 2022 pela plataforma de lançamentos de imóveis Apto com clientes nascidos entre 1998 e 2004, ou seja, jovens com idades entre 18 e 24 anos, esse público prefere morar próximo a faculdades, hospitais, estações de metrô ou trem, shopping centers e pontos comerciais.
Além disso, o levantamento mostrou que, entre os maiores
atrativos que os jovens da atualidade buscam em um empreendimento, estão ampla
área de lazer, bicicletário, pet places, coworking e wi-fi em áreas comuns.
As preferências e as necessidades desses novos consumidores da chamada Geração Z já têm tido impacto no mercado imobiliário e causado, nos últimos anos, o aumento da oferta de imóveis mais compactos, com boa localização, itens de design e infraestrutura. Essas novidades têm sido implementadas também no segmento de moradias estudantis, que são tipos de residências destinadas a estudantes da educação superior (graduação ou pós-graduação) que moram longe da instituição de ensino.
"Os jovens têm dado mais importância ao ambiente de
convivência, interação social e oportunidades de desenvolvimento pessoal e
profissional", afirma Juliano Antunes, fundador e CEO da Uliving, que
oferece apartamentos e studios mobiliados para estudantes em cinco cidades
brasileiras.
De acordo com Antunes, para atender às demandas da Geração Z, que aspira a um equilíbrio entre os estudos, o trabalho e a vida social, tais moradias têm de ser próximas de universidades e dispor não só de acomodações confortáveis e funcionais, mas também de espaços de convivência, áreas de lazer e oportunidades de networking, além de promover eventos culturais e educativos para os moradores.
Para essa parcela de jovens considerados nativos digitais,
ou seja, que têm uma relação íntima e intensa com o mundo digital, outro ponto
crucial é a tecnologia. Segundo relatório divulgado em 2017 pelo site Mobile
Time, trata-se de uma geração que passa em média 4h17 por dia na internet no
smartphone e instala cerca de 9 aplicativos por mês no aparelho.
O CEO da Uliving destaca que, para essa geração, é
importante ter uma experiência de moradia moderna e mais adequada à sua
conveniência. "Esses jovens preferem que todo o processo de aluguel e
assinatura de contrato seja feito de forma 100% digital e se sentem mais
seguros em ambientes com câmeras de monitoramento e acesso biométrico, por
exemplo."
Outro foco, pontua ele, deve ser a valorização da
diversidade e da inclusão, com vistas a criar um ambiente acolhedor para
estudantes de diferentes origens culturais e étnicas.
Fonte: terra.com.br
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